Santo Agostinho de Hipona e René Descartes: breves reflexões sobre suas meditações

Fonte da Imagem: Arquivo pessoal


A humanidade da contemporaneidade, em pleno século XXI, passa por tempos de um caos que instaurado nas sociedades, encontra-se parece que cega diante deste que está a devorá-la e aniquilá-la, tornando quase insustentável à situação. Encontramos hoje, um cenário em que boa parte da população vive de forma superficial sem a percepção necessária para bem se desenvolver, não meditando sobre sua vida e sobre os diversos assuntos que a cerca. Hoje, a mediocridade e a falta de um pleno refletir, tornou-se a vida comum e me parece que é o fundamento do grande caos que está levando à morte; uma humanidade vazia.

O mundo foi presenteado durante o decorrer de sua história, com grandes nomes; gênios que passaram suas vidas, usufruindo profundamente e intensamente de seus talentos; espalhando ciências antes inimagináveis, assim como, pensamentos, experiências e sensatas orientações de como se viver plenamente em sociedade e consigo mesmos.

Neste presente trabalho, serão apresentadas algumas breves reflexões - longe de serem esgotadas - de dois destes grandes gênios que por este mundo passaram e suas heranças inestimáveis: Santo Agostinho de Hipona (354-430) e René Descartes (1596-1650). Serão abordadas as semelhanças e diferenças entre os “Cogitos” de ambos; uma análise entorno de dois fragmentos das respectivas obras: “A Trindade” (Livro V – Santo Agostinho) e de “Meditações Metafísicas” (René Descartes), nas quais, a verificação dos argumentos expostos, juntamente com seus elementos e os apontamentos dos aspectos lógicos; além disso, a análise do papel da “dúvida”, na construção dos argumentos de ambos autores.

Antes de adentrar os assuntos especificamente mencionados, é importante salientar e/ou relembrar, quem foram estes autores e um pouco de suas obras:

“Quem é mais feliz do que aquele que goza da verdade inconcussa, e incomutável e excelentíssima?’  As principais ideias de Santo Agostinho evidenciam que, seja pela razão, seja pela fé, ele buscou a verdade. ” (BRASIL PARALELO, 2021, [s.p.]), a verdade que requer uma análise mais aprofundada, mais pensada; não simplesmente “engolidas a seco”. Nascido em 354, em Tagaste, na África; proclamado Santo e Doutor da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, foi um dos maiores teólogos e filósofos dos primeiros tempos da antiguidade cristã; sendo assim considerado uma autoridade no desenrolar do pensamento da Idade Média, assim como, de toda a teologia e filosofia ocidental. Contudo, antes mesmo de se converter da vida de devassidão ao catolicismo, já era considerado um gênio da filosofia, ensinando retórica e gramática, além de ocupar grandes cargos de professor da época (Ibid., 2021, [s.p.]).

As matemáticas agradavam-me sobretudo por causa da certeza e da evidência de seus raciocínios”. Segundo Vergez, A. e Huisman, D. (1976, p.2), René Descartes nasceu em 1596, em La Haye, um povoado de Taouraine, sendo sua família, pertencente à nobreza, o que posteriormente lhe conferiu o título de senhor de Perron, do domínio de Poitou, isto é, “fidalgo poitevino”. Ao se decepcionar com a escola em sua juventude: sai dos muros dos conhecimentos adquiridos na escola, dos saberes dos livros, e parte em busca da reflexão particular e da experiência que o mundo gerava. Me parece, que se tornou assim, um dos grandes colaboradores para o desenvolvimento da humanidade.

Segundo o Dicionário Priberam da língua portuguesa, a palavra cogito, do verbo “cogitar”, refere-se à condição de pensar com insistência; de cuidar; de imaginar. E segundo este mesmo dicionário: a locução latina “cogito, ergo sum” ou seja, “penso, logo existo”, foi um “silogismo sobre o qual descartes fundou a sua doutrina filosófica”.

Ora, Santo Agostinho alguns séculos antes, também trabalhou sua filosofia, fundada em profundos pensamentos, que o levaram, ao que parece, ao ápice do pensar humano. Fazendo-o refletir sobre diversos assuntos, dentre eles, os estudos entorno da Santíssima Trindade. Com este seu dom de pensar além das coisas visíveis, foi considerado um “gênio da retórica” (BRASIL PARALELO, 2021, [s.p.]). Era, portanto, através do pensar, das dúvidas, dos questionamentos, que ele formava seus discursos, seus escritos, fortalecendo sua retórica à medida que se aprofundava nas questões filosóficas.

René Descartes em sua 1ª meditação na qual trata da necessidade de se duvidar sobre todas as coisas, ingressa no âmbito da “Filosofia Primeira”, em que parece tentar demonstrar a “existência de Deus e a distinção da alma e do corpo” (Descartes, 2004, p.16,19 e 21).

[...]mesmo que a utilidade de uma dúvida tamanha não apareça de imediato, é ela no entanto muito grande por deixar-nos livres de todos os preconceitos, por aplainar um caminho em que a mente facilmente se desprenda dos sentidos e por fazer, enfim, que já não possamos duvidar das coisas que, em seguida, se descubram verdadeiras. (Ibid., p.19)

Em Santo Agostinho, verificamos de um modo geral do “Livro V”, que ele parece tentar fazer com que entendamos de um modo bem profundo, reflexivo, perspicaz e eficaz, sobre a imutabilidade, a não gênitude e a não corporeidade de Deus. Parece que a principal intenção dos autores em seus estudos, se baseiam principalmente num profundo refletir sobre os mais diversos assuntos, inclusive sobre a existência de Deus e sua substancial incompreensão; além da experiência que ambos foram adquirindo ao longo de suas vidas, para que se confirmasse com a verdade adquirida e seus mistérios muitas vezes insondáveis. O que por muitas vezes, eram e são atualmente imperceptíveis na vida daqueles que, eram levados pelas tempestades do mundo, e assim mal podiam perceber, refletir, e muitas vezes, aceitá-la.

Ora, é sabido, pelo próprio relato de Descartes nesta primeira meditação que, esperou obter uma idade suficientemente madura para executar em seu tempo, a tarefa de filosofar sobre a dúvida que, colocada em xeque, reflete entorno da construção da verdade, a qual julgava não ser conhecida de imediato como as que lhe foram impostas desde a sua infância e que as tomou para si. Foi o derrubar das suas antigas opiniões, para que fosse dado lugar ao questionamento e a partir daí, chegar à verdade como tal.

Já na vida de Santo Agostinho, o encontro com a verdade veio a partir de seu processo de conversão, conforme relata, pela intercessão de sua mãe Mônica, também canonizada pela Santa Igreja Católica. No decorrer da obra Confissões (SANTO AGOSTINHO, 2002), relata também, os passos deste processo que seria a luz que se acendeu na escuridão de sua vida promíscua. Já era considerado um gênio da filosofia, professor especialista em retórica, porém envolvido com o maniqueísmo o qual descreve a sedução deste em sua vida, desconstrói suas mentiras, ingressando no mais profundo desenvolver daquilo que já tinha como dom, que passa então e serem explorados de uma forma nova (Ibid., p.68-73):

Não compreendo como poderia se espelhar esta tua imagem no homem, eu deveria abrir à porta, perguntando-te de que modo deveria entender essa crença, em lugar de me opor insolentemente, como se ela fosse o que eu imaginava. E assim, tanto mais fortemente me roía o coração o desejo de ter alguma certeza, quanto mais me envergonhava de ter sido o joguete dos que me haviam prometido a certeza, e por ter defendido com pueril empenho e animosidade tantas coisas duvidosas como sendo verdadeiras. (Ibid., p.123)   

Santo Agostinho e Descartes, ao que parece, viveram uma espécie de retiro solitário; onde neste mundo a sós com os impulsos interiores que os levavam aos fatores externos, foram encontrando as respostas tão almejadas, através dos processos das dúvidas que os cercavam. Nestes processos, descobrem profundamente o sentido do cogito, que é o sentido do domínio da ontologia do pensamento, ou seja, de dominar o sentido de ser do pensar.

Ainda nas primeiras meditações, Descartes afirma que, quando os fundamentos se afundam, desabam por si próprios com tudo o que foi construído sobre ele; por isso ele diz que não são necessárias as infindáveis tarefas de analisar um por um dos princípios em que ele acreditava, e que sua razão já o persuadia a coibir. Neste sentido, parece que ao fazer esta afirmação quis dizer que são necessários pensamentos muito mais profundos, que sirvam de base para que se cheguem às conclusões plausíveis.

Passou então, a não acreditar mais em seus sentidos que, ou recebiam, ou que por eles aconteciam, a admissão daquilo que tomava como verdade pois, que chegou à conclusão de que os sentidos podem por vezes enganar. Ao ingressar no assunto da verdade, Descartes diz que os sonhos têm similaridade com as coisas verdadeiras. Isto quer dizer que, mesmo com o nosso imaginário fértil e criativo, existem os elementos da realidade, ou seja, que são verdadeiros: as cores por exemplo.

Seu raciocínio parece girar entorno do sentido em que as ciências as quais “dependem da consideração das coisas compostas” como a Física e a Medicina, talvez sejam deveras duvidosas; e, ao contrário da Aritmética e da Geometria por exemplo, as quais “tratam senão de coisas muito simples e muito gerais” e que pouco se preocupam com o que há ou não na “natureza das coisas”, possuem coisas certas e fora de dúvidas. Onde também, relata ao que parece, não ser possível que nestas verdades tão cabais, possam existir a incerteza de suas conclusões.

Santo Agostinho neste quesito de verdades cabais, me parece que ao aprofundar-se no tema da “Santíssima Trindade”, apesar de não conseguir desvendar todos os mistérios da Divina Substância, no decorrer do Livro V, descreve a certeza das suas conclusões acerca Dela, de sua essência imutável de Ser incorpórea. Além disso, com maestria, desconstrói refutando o argumento dos arianos (inimigos da fé Católica) acerca da substância do Pai e do Filho, os quais acreditavam que Eles poderiam ser entendidos desta forma com o Pai como “Ingênito” e o Filho como gerados e por isso, diferentes não segundo os acidentes. E como resposta, refuta-os explicando a substância Única da Santíssima Trindade, utilizando-se da própria Palavra de Deus em que Jesus fala que Ele e o Pai, são um só, afirmando que não há acidentes em Deus, por que Nele nada há de mutável ou de alguma perda. Ainda neste assunto, Santo Agostinho compara o caso da “vida da alma”, em que mesmo que não se perca, pode diminuir ou aumentar pois, vive e por que tem essa condição, vive sempre. E que, quando há o acidente, a negação não o altera.

Descartes também fala daqueles que preferem negar ao Deus Todo Poderoso, à desconfiarem de coisas tão duvidosas, que permeiam a existência. Portanto, sua crença em Deus está de acordo com suas convicções: que Deus tudo pode e que por ele foi criado por Deus por isso mesmo, existe e pensa. No entanto, duvida da existência e da forma das grandezas que e como lhe aparecem, mesmo sentindo-as. E que Deus, o “Sumamente Bom”, talvez tenha lhe dado a graça de não ser enganado acerca da presunção que muitos têm em relação à perfeição; ou que talvez ele mesmo esteja errando igualmente, na consideração de coisas mais fáceis.

[...] mas existe alguém, não sei quem, enganador muito poderoso e astucioso, que dedica todo seu empenho em enganar-me sempre. Não há então, dúvida alguma de que existo, se ele me engana; e, por mais que engane, nunca poderá fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa [...]. (DESCARTES, 1983, p. 258).

Das verdades conhecidas e adquiridas, Descartes se permite duvidar, uma vez que se utiliza de razões meditadas, não sendo por falta de consideração ou por leviandade; além dela, também “às coisas manifestamente falsas”. Desde então, negou de forma cuidadosa o seu assentimento, para que fosse encontrado algo de certo nas diversas ciências. Além disso, sabe que existe um “enganador” que tenta sempre com afinco dispersá-lo da verdade, porém, sabendo que se pensando, logo ele existe, tem razões suficientes para não desistir de ser e pensar a verdade, consequência da descoberta do seu eu e de sua autorreflexão que passou a conduzi-lo desde então.

Diante do que foi exposto, Descartes parece não acreditar que está agindo mal em duvidar das coisas, uma vez que faz a seguinte reflexão:

[...] entrando voluntariamente numa direção de todo contrária, passe a me enganar a mim mesmo e finja por algum tempo, que essas opiniões são de todo falsas ou imaginárias, até que, finalmente, os pesos das duas ordens de preconceitos tendam, por assim dizer, a igualar-se e já nenhum mal hábito desvie meu juízo da reta percepção das coisas, de um exato conhecimento das coisas. (Ibid., p.31)

Estas colocações de Descartes, me remetem também à uma obra que com grande sobriedade escreveu o médico psiquiatra e ensaísta inglês Anthony Daniels com o pseudônimo de Theodore Dalrymple: EM DEFESA DO PRECONCEITO: a necessidade de se ter ideias preconcebidas. Obra esta que com simplicidade e maestria, ao que me parece, trata da importância das ideias preconcebidas, para que se realizem ações com mais sanidade, do que se delas não nos utilizarmos. Exemplo disso, é quando já no primeiro ensaio da obra, Dalrymple (2015, p. 18-19), já lança a dúvida entorno da situação dos dias atuais em que a possibilidade de alguém assumir um preconceito social, por exemplo, é bem baixa; uma vez que admitir, é se autoproclamar “um sectário”, ou uma pessoa do tipo em que não pode, nem quer examinar suas (pré)concepções. Assumindo assim, as cruéis consequências de ser chamado de xenofóbico, rígido em seus princípios, severo, dentre outros atributos que lhe são conferidos. E parece chegar à conclusão de que “é melhor engolir em seco os próprios preconceitos do que os admitir em público”. Neste sentido, Descartes também reflete entorno do engano, do enganador, dos desvarios da vida costumeira e das coisas falsas que podem ser implantados astuciosamente em si, de que ele mesmo e seus membros, assim como as cores e os animais não existem; ao contrário de ver a verdade da criação frente ao Deus Soberano.

Em Santo Agostinho, séculos antes de Descartes, encontramos a descoberta de seu “eu”, também nas meditações acerca dos questionamentos que faz à razão, sobre sua própria existência; entendendo também que se ele existe, pensa e entende. Portanto, se pensa, existe e reflete entorno da dúvida:

Quem duvida que vive, recorda, compreende, quer, pensa, sabe e julga? Pois, se duvida, vive; se duvida de onde vem sua dúvida, recorda; se duvida, compreende que está duvidando; se duvida, quer estar certo; se duvida, pensa; se duvida, sabe que não sabe; se duvida, julga que não convém consentir temerariamente. E embora se possa duvidar de muitas coisas, dessas não se pode duvidar, porque, se não existissem, de nada se poderia duvidar.(SANTO AGOSTINHO, 1994, p.

Ora, antes mesmo de Descartes, Santo Agostinho além de refletir como um vivente que pensa, chega à conclusão através dos questionamentos, que a dúvida é salutar para que se chegue à verdade dos fatos e ao seu eu que existe.

Descartes ainda nas primeiras meditações, teme em sair da laboriosa vigília que o leva ao conhecimento da verdade através da dúvida e ao acordar no medo das doces ilusões de opiniões inveteradas; onde a luz sobre o conhecimento da verdade corre sérios riscos de serem ofuscados pelas trevas e das suas artimanhas que lhe podem tirar o tranquilo repouso. Ao refletir sobre esta colocação, é salutar lembrar-se da analogia relatada na famosa obra de Platão, O Mito da Caverna (que está inserido no Livro VII da obra a República. Porém publicado também separadamente pela Edipro), onde o autor transcreve o diálogo de Sócrates com Gláucon. Este diálogo, ao que me parece, gira entorno de mais uma lição de sabedoria em que Sócrates “compara o efeito da educação e da sua falta na nossa natureza” (PLATÃO, 2015, p. 9) à uma experiência onde supõe seres humanos que habitam uma espécie de uma profunda caverna, que contém uma entrada longa e larga acima deste subterrâneo, que aponta para a luz. Estes indivíduos habitam esta caverna desde sua infância e lá permanecem plantados no mesmo lugar, tendo suas pernas e seus pescoços, presos a grilhões que não permitem que suas cabeças se virem. Atrás e acima deles em uma distância considerável, há também a luz de uma fogueira e juntamente, um pouco mais elevado, possui uma vereda estendida entre eles e a fogueira e ao longo dela, um pequeno muro que serve de uma suspensão para aqueles que os manipulam como marionetes.  Visualizado o cenário exposto e, continuando a análise da citada reflexão de Descartes, Sócrates dentre outras exposições, fala de quando a pessoa consegue sair da caverna e os sérios riscos de a ela retornarem, ou seja, da luz para as trevas novamente que ofusca assim, a clareza do conhecimento, pela falta desta “laboriosa vigília” da qual fala Descartes.

Pois considera também isto: se esse homem descesse ao interior da caverna novamente e reassumisse seu antigo posto, seus olhos – privados assim repentinamente da luz do sol – não ficariam repletos de escuridão? [...] E antes que seus olhos se recuperassem – e a adaptação não seria rápida -, enquanto sua visão estivesse ainda turva, se tivesse ele de competir de novo com os perpétuos prisioneiros no reconhecimento das sombras, não atrairia o ridículo sobre si? Não se comentaria acerca de sua pessoa que retornara de sua viagem à região superior com sua visão arruinada e que não vale a pena sequer fazer a tentativa da viagem à região mais elevada? [...] (Ibid., p.14-15)

Parece que ambos os pensadores, enxergaram, mais metafisicamente falando, que existe uma espécie de exercício para o permanecer e o constante buscar da verdade, para que se permaneça na luz e não se decaia na escuridão das trevas, utilizando-se da dúvida para verificar se de fato é verdade ou não.

Diante desta breve análise presente neste texto, parece viável que os sábios ensinamentos deixados como herança por estes dois grandes nomes da história da humanidade; podem ser plenamente utilizados na contemporaneidade que enfrenta um caos intelectual, pelo desencontro de informações as quais impedem saudáveis resoluções dos conflitos da vida cotidiana. A humanidade de hoje, está acostumada a não se aprofundar nos pensamentos, a agir pelo levar dos ventos turbulentos; não se preocupando muito com a veracidade dos fatos e das informações que circulam em uma grande velocidade.

Santo Agostinho e Descartes, apontam os caminhos coerente para uma vida mais salutar: o domínio do pensar que não se detém em poucas linhas da não veracidade; mas de análise, de aprofundamento dos conhecimentos para a resolução dos diversos conflitos e da plena vivência das situações, ou seja, sair da superficialidade das informações para que se desenvolvam os raciocínios mais lógicos. Ainda dentro deste contexto, eles nos ensinam a duvidar das situações, para chegar à verdade, da qual prezaram muito. Ao que me parece, são caminhos seguros, bem estudados, bem refletidos, bem orientados por estes filósofos que dedicaram suas vidas para que o conhecimento da verdade fosse revelado em suas partes até que se alcance a plenitude e, tendo como fim último, a Sabedoria Divina, brotada dos mistérios insondáveis de Deus. Sim, por que ambos os autores, parecem ter descoberto a via da segurança para se viver e alcançar os mais altos níveis do conhecimento.

  

REFERÊNCIAS:

BRASIL PARALELO. Quais são as principais ideias de Santo Agostinho? Veja as 5 mais conhecidas. 2021. [s.p.]. Disponível em: https://conteudo.brasilparalelo.com.br/filosofia/principais-ideias-de-santo-agostinho/. Acesso em: 11 jun. 2021.

DALRYMPLE, Theodore, 1949. EM DEFESA DO PRECONCEITO: a necessidade de se ter ideias preconcebidas. Traduzido por: Maurício G. Righi. 1ª ed. 144 p. São Paulo: É Realizações, 2015.

DESCARTES, René. Meditações sobre Filosofia Primeira. Tradução, Nota Prévia e Revisão por: Fausto Castilho. Edição em Latim e em Português. Coleção Multilíngues da Filosofia Unicamp – Cartesiana I. p.18-63. Unicamp, 2004.

DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Pensadores).

PLATÃO. O Mito da Caverna. Traduzido por: Edson Bini. 78 p. São Paulo: Edipro, 2015.

PRIBERAM DICIONÁRIO. [s.d.]. [s.p.]. Disponível em: cogito - Dicionário Online Priberam de Português. Acesso em: 17 jun. 2021.

SANTO AGOSTINHO, Bispo de Hipona, 354-430. Confissões. Texto Integral. Traduzido por: Alex Marins. Série Ouro. 432 p. São Paulo: Martin Claret, 2002.

SANTO AGOSTINHO, Bispo de Hipona, 354-430. A Trindade. Traduzido do original latino e introdução por: Agustino Belmonte; revisão e notas complementares por: Nair de Assis Soares. São Paulo: Paulus, 1994 – Patrística. Disponível em: https://portalconservador.com/livros/Santo-Agostinho-A-Trindade.pdf. Acesso em 22 jun. 2021.

VERGEZ, A. e HUISMAN, D. A Filosofia de Descartes. Extraído do Livro “História dos Filósofos Ilustrada pelos Textos”. Ed. Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 1976. p.2-7. Disponível em: https://palasathena.org.br/arquivos/pedagogicos/THOT 1982 N.28/A Filosofia de Descartes.pdf. Acesso em 10 jun. 2021.